Amo-te por todas as razões e mais uma.

Por todas as razões e mais uma. Esta é a resposta que costumo dar-te quando me perguntas por que razão te amo. Porque nunca existe apenas uma razão para amar alguém. Porque não pode haver nem há só uma razão para te amar.

Amo-te porque me fascinas e porque me libertas e porque fazes sentir-me bem. E porque me surpreendes e porque me sufocas e porque enches a minha alma de mar e o meu espírito de sol e o meu corpo de fadiga. E porque me confundes e porque me enfureces e porque me iluminas e porque me deslumbras.

Amo-te porque quero amar-te e porque tenho necessidade de te amar e porque amar-te é uma aventura. Amo-te porque sim mas também porque não e, quem sabe, porque talvez. E por todas as razões que sei e pelas que não sei e por aquelas que nunca virei a conhecer. E porque te conheço e porque me conheço. E porque te adivinho. Estas são todas as razões.

Mas há mais uma: porque não pode existir outra como tu.

Em um ponto afastado, brilhou uma pequena luz, cortando a escuridão.

Outra, distante, a seguiu.

Alguns pontos se iluminaram. As luzes piscavam, e, em seguida, tudo voltava à escuridão. Confortável e conhecida.

Tímidas, cumpriam sua parte e voltavam ao escuro aconchego.

A escuridão se impunha e tentava dominar tudo.

Muitas luzes teimavam em brilhar. Ainda que tímida e em esparsos clarões.

Algo faltava. Deveriam estar unidas. De alguma forma, sincronizar seu brilho como se fosse um bailado luminoso.

Mas, lhes faltava algo. Faltava exatamente esse algo que as unisse.

A aurora despertou e foi ao céu. O dia raiou. As luzes adormeceram. Assim seria até o momento em que a noite voltasse.

Noites e dias se sucediam.

Quando escurecia, os pequenos clarões eram vistos. Luzes dispersas, sem ritmo, sem coerência.

Assim chegou o final do ano.

As luzes ainda buscavam seu caminho Precisavam de uma cadência, um movimento lógico que lhes mostrasse o sentido de sua existência. E era o que buscavam, cada uma por si e todas juntas.

Uma noite, quando o silêncio reinava embalado pela escuridão, uma pequena luz, que já estava desanimada de tentar novos ímpetos de brilho intenso, ouviu, fraco, e vindo sabe-se lá de onde, um pequeno som. Como se um sininho badalasse dentro da escura noite.

Despertou rapidamente e, em um movimento involuntário, piscou para a suave badalada.

Em outro ponto, distante desta, outra estrela ouviu o som do sino. Simplesmente resolveu segui-lo piscando alegremente.

Num de repente da noite, sinos começaram a ser ouvidos por todos os lados. Badalavam alegremente e, tal e qual batutas de maestros invisíveis, coordenavam a luzes que brilhavam e se apagavam seguidamente.

Um balé fez-se no ar: a música guiava o movimento de milhões de pequenas luzes piscando na escuridão.

E os homens, encantados, saíram de suas casas e olhavam para o céu. Alegres, exultantes, sorriam e se abraçavam desejando, uns aos outros, “Glória aos Céus e Paz na Terra”.

O Natal se fez e o Deus Menino finalmente renasceu no coração da humanidade, trazendo essa tão desejada paz para a humanidade.

(Imagem: banco de imagens Google)

Dá-me um abraço que seja forte

E me conforte a cada canto

Não digas nada que o nada é tanto

E eu não me importo

Dá-me um abraço fica por perto

Neste aperto tão pouco espaço

Não quero mais nada, só o silêncio

Do teu abraço

Já me perdi sem rumo certo

Já me venci pelo cansaço

E estando longe, estive tão perto

Do teu abraço

Dá-me um abraço que me desperte

E me aperte sem me apertar

Que eu já estou perto abre os teus braços

Quando eu chegar

É nesse abraço que eu descanso

Esse espaço que me sossega

E quando possas dá-me outro abraço

Só um não chega