
Dia de poesia – lembrando Pablo Neruda

Blog de de Alice – Alinhavando letras
A todas as pessoas que passaram pela minha vida; às que ficaram e às que não ficaram; às pessoas que hoje são presença, àquelas que são ausência ou apenas lembrança… – desde 2008 –



Não há como apreciar essa escultura sem se emocionar, sem aquele aperto no peito de ver alguém deixando para trás a própria vida para tentar sobreviver…
Bruno Catalano, escultor francês, nos brinda com esse trabalho extraordinário – Les voyageurs ou I viaggiatori ou Os viajantes.
O escultor desconstrói a figura humana e retrata o imigrante: ele se vai, leva sua bagagem e parte de seu corpo. Porque não consegue partir por inteiro – sua alma, sua essência, seu amor ficarão na terra natal. A fragilidade de quem se vai, deixando tudo para trás.
Há várias dessas esculturas espalhadas em portos, estações de trem e outros locais de partida de imigrantes. A obra aqui destacada está no porto de Marseille, na França.

Você, amor que virá para mim, estará na minha vida, Como a chuva inesperada que transforma a paisagem Seja bem-vindo desde já, sua chegada me alegra Chegue logo, o mais cedo que você puder Traga consigo a beleza do infinito azul do céu O mistério dos perigos do profundo azul do mar Todas as nuances do verde da natureza O perfume de cada flor que surge nos campos A transparência das águas que lavam a Terra E a ternura que existe em cada noite de amor Espero ansiosa sua chegada na minha vida Trazendo a luz e o encanto para minha caminhada Traga todos os sorrisos e todos os abraços Tudo o que a vida me tirou e está me devendo Porque você, meu amor, será minha redenção.
(Imagem: banco de imagens Google)
Nous nous reverrons un jour ou l’autre
Si vous y tenez autant que moi
Prenons-rendez-vous
Un jour n’importe où
Je promets que j’y serai sans faute

– Quando foi a última vez que você deu aquela gargalhada solta, contagiante?
– E quando foi a última vez que você deu uma risada?
– Mas me diz: quando foi a última vez que você sorriu de verdade?
– Agora me responde: quando foi a última vez que você chorou de saudade?
Então, ela levantou o rosto, olhou para mim, e lágrimas rolavam de seus olhos…
(Imagem: banco de imagens Google)
(Escrito há dois anos. Nada mudou)