
Hoje é isso…

Blog de de Alice – Alinhavando letras
A todas as pessoas que passaram pela minha vida; às que ficaram e às que não ficaram; às pessoas que hoje são presença, àquelas que são ausência ou apenas lembrança… – desde 2008 –



Ontem, morri-te nos braços
Dez, cem, mil vezes morri
Tantas , quantas vezes meu coração
Dentro deles bateu...
Ontem, morri-te nos braços
Adentrei neles tão profundamente
Que me deixei cair num abismo sem retorno
E todas as minhas mortes,
Me soaram vazias
E todas as minhas vidas , inúteis...
Ontem, morri-te nos braços
E nunca nenhuma morte
Me pareceu tão doce
Meu Amor, e sei...
Que assim foi, apenas
Por serem os teus!
E se alguma mágoa daqui levei
Foi de neles, não ter morrido antes...

Se o amor quiser voltar...
Desejar fazer pousada em minh'alma...
Tomar minha cerne...
Ocupar meus pensamentos...
O que terei para lhe dizer?
Sou a tristeza das noites perdidas...
A filha taciturna da solidão...
A obscuridade dos pensamentos...
O abismo dos lamentos...
O bramir dos ventos nas castanheiras...
O grasnar do corvo...
Corpo, alma e coração!
Se o amor quiser voltar...
Vou calar a minha voz...
Não tenho mais versos doces para lhe recitar!

Não me fale em saudade,
só pense em mim e sinta minha falta
Chore sozinho e lamente a separação
Sofra calado pensando em tudo que não foi
A cada lágrima que não puder impedir de correr
Crave um prego de dor na sua alma
Mas não me fale em saudade.
Não me fale em distância
E se estamos hoje assim – um do outro afastados
Porque a vida apontou diferentes direções a cada um
E seguimos nosso caminho sem preocupação,
Quando demos por nós, mundos nos separavam
E então já era impossível nos reaproximarmos
Mas não me fale em distância
Não me fale em esquecimento
Só se lembre que você deixou de me procurar
Que você não entendeu, e então me desamou
Veja qual de nós fugiu para tão longe...
Esperei como esperaram as mulheres dos guerreiros
Foi você quem nunca mais voltou para me encontrar
Mas não me fale em esquecimento
Não me fale em pedir perdão
Porque se um dia a saudade o procurou
E o fez querer de novo me encontrar
A distância se fez pequena e você a venceu
E se lembrou do que um dia foi amar
Não venha agora perguntar se o perdoo
Porque a quem amou não se precisa pedir perdão
(Imagem: Foto de Nelson O’Reilly Filho)

Sábado não é dia de chorar. Nem de sofrer.
Dia de viver, não dia de morrer.
Encontrar amigos e amores. Não desfazer amizades nem romances.
Porque é sábado o sorriso já amanhece no rosto.
Sempre brilha um sol no sábado, mesmo que esteja chovendo. Ou nevando.
Mas há sol simplesmente porque é sábado.
Os almoços são demorados, alegres, só porque é sábado. As risadas são mais frequentes, os olhos são mais brilhantes e a música não para.
Só porque é sábado todos planejam encontros e passeios. Praias e piscinas. Sítios e churrascos. Dia de pescaria e de contar mentiras. Cafeterias e sorveterias.
A alegria paira no ar, entre nuvens e pássaros.
Sábado não é véspera. Sábado É o dia. O próprio dia. Que foi inventado para a humanidade ser feliz.
A tarde de um sábado são as melhores horas de qualquer semana. Quem não aproveita um sábado? A melhor coisa a se fazer em uma tarde de sábado é exatamente não se fazer nada. Absolutamente nada. Deitar-se na rede. Com toda a preguiça que se possa sentir. E ali ficar. Apenas porque é sábado.
Ah, nada melhor do que existir, pelo menos, um sábado em cada semana de nossa vida. Não importa em que dia vai ser comemorado, mas será um dia de sábado.
(Imagem: banco de imagens Google)