
Muito difícil a situação hoje enfrentada pelo Estado do Rio Grande do Sul.
Estado situado no Sul do Brasil, de uma beleza natural ímpar e um povo forte e trabalhador, mas que hoje se encontra parcialmente coberto pelas águas de uma das maiores enchentes já vistas neste país.
E a chuva ainda não se foi. Ainda castiga. Vai chover mais. As inundações ainda se agravarão.
Brasileiros de vários outros Estados estão lá para auxiliar. E as imagens que nos chegam são terríveis – resgate de pessoas (desde bebês a idosos e muitas pessoas com mobilidade reduzida) e animais de todos os portes, em telhados, galhos de árvores, perdidos no meio de tanta água que não se tem ideia se rodeados de terra ou leitos de rios.
E jovens guerreiros, com seus modernos jet-skis, deixando de lado a boa vida nas praias ensolaradas e se dedicando a salvar irmãos desconhecidos, assim como proprietários e pilotos de barcos e lanchas, usando motores, remos, ramos, o que encontrar, correndo riscos, tentando salvar o maior número de vidas possível. Há relatos de rede elétricas ainda energizadas. De choques. Todo o tipo de adversidade e eles enfrentam com coragem e determinação. Também vemos helicópteros cedidos e alugados para serem enviados. Todos – dos que estão com as famílias naquela situação, a esportistas famosos, empresários ou simplesmente brasileiros, se unem para salvar vidas.
Sabe-se que muito morreram. Ainda não é possível contar.
É possível imaginar o desespero de quem não pode fugir da água subindo se ver nessa situação indescritível pelas palavras existentes.
Até quando isso vai durar? Até onde a devastação atingirá?
Um dia a chuva há de parar.
E a água há de escoar.
Não sem deixar um rastro de tristeza e destruição que nem o tempo apagará.
O que será do Rio Grande do Sul depois dessa enchente?
Estado de grande produção agrícola, rico, mas devastado.
Podemos orar. Podemos enviar ajuda. Mas nada somos diante da fúria da natureza.
Muitos deixaram tudo e foram para lá sem data de voltar apenas com a boa vontade de ajudar e estão fazendo a diferença. Cada vida salva é uma vitória importante.
No momento, tudo o que importa é evitar mais mortes. E há muitos a salvar.
Depois que tudo passar, os mortos estiverem enterrados, as famílias abrigadas e prontas para um recomeço, fica a pergunta: como recomeçar, de que ponto da vida cada um parou para enfrentar essa tragédia?
E, a pergunta principal: na absoluta falta de um governo ágil e eficaz, como estamos vendo diante dessa desgraça, o que nós – simples brasileiros – poderemos fazer por nossos irmãos gaúchos?
O tempo dirá. E posso afirmar: faremos tudo o que estiver a nosso alcance para os ajudar.
Vocês, nossos irmãos, não estão sozinhos. Contem com os brasileiros para a reconstrução de sua cidade, de seu Estado e da sua vida, como puderam contar durante a tragédia.
Que essa nuvem sobre o Rio Grande se dissipe, as águas corram para o mar e as pessoas possam voltar a viver.
(Imagem: banco de imagens Google)