Pedro, hoje você se foi. Na sua viagem solitária. Nós, seus amigos, desta vez não pudemos ir com você. O vazio de sua ausência doerá eternamente em nós.
Vá em paz, meu amigo querido.
Que os anjos agora cantem com você e o céu se alegre na sua alegria contagiante. (Trago, em memória, post publicado em 06 de abril de 2019).

Tenho milhares de conhecidos. Tenho muitos colegas. Tenho alguns amigos.
Dentre esses poucos amigos, tenho o Pedro. Mais que conhecido, mais que colega e muito mais que um amigo. É como um irmão. Podemos conversar horas a fio e o assunto não acaba.
Antigamente fumávamos juntos, hoje ele fuma sozinho, mas eu fico junto.
Bebemos juntos. Brigamos juntos.
Rimos juntos, cantamos juntos, choramos juntos.
E, sempre que podemos, estamos juntos.
Essa amizade é um esteio para minha vida.
Publico, hoje, poema do Pedro, meu mais que amigo:
Chagas
(Pedro Hideite de Oliveira)
Silêncio e solidão,
Que habitam o meu ser.
Ferindo o coração,
Cansado de tanto sofrer.
Sofrimento e dor,
Faz sangrar os ferimentos.
Trazidos de um amor,
Vividos só de momentos.
Momentos que não se esquece,
Por mais não se queira lembrar.
Vem a noite e amanhece,
Tudo vai recomeçar.
Recomeça com a saudade,
E com ela a solidão.
Mas no dia em que forem embora,
Restará, cicatriz no coração.
(Imagem: foto do acervo pessoal da autora, tirada quando do lançamento do livro “O pescador de Sorrento”, São Paulo, maio de 2019)