
Nascida nas águas turvas dos vales,
cujos cabelos desdobraram-se em raízes
mergulhadas no musgo mundo
da incompreensão,
onde cada flor de lótus
é o milagre do desabrochar
rasgando a enlameada razão.
Em meio às impurezas mundanas,
flutua no reflexo da lua
palpitando cantigas, um coração.
As raízes sujeitas ao lodo
que se apega às dores,
enche-as de amor, mulher.
Desfolha-te os cabelos das amarras
abre o caminho da aurora
de onde verte a luz. E te agarras.
Segue com tuas flores.