A todas as pessoas que passaram pela minha vida; às que ficaram e às que não ficaram; às pessoas que hoje são presença, àquelas que são ausência ou apenas lembrança… – desde 2008 –
Teu corpo Se vai tornando aos poucos Uma memória longínqua Cada lua que me deita Cada sol que me desperta O recorda Mais um dia passou... Amava os silêncios Aqueles, consentidos Em que nos tornavamos calmia Depois da fúria com que nos amávamos Esses silêncios ... Tão diferentes dos que nos afastaram Dos que nos desgastaram Em oposta agonia Minhas noites se tornaram negras Tão mais negras Impossívelmente mais Assim seja possível Monocórdicas, minhas Somente minhas Em meu peito Crescem agora silvas bravas E meu leito se tornou agreste Os teus silêncios, já não me habitam A tua voz, já não me povoa E a minha casa, ficou vazia...