
Quando alguém que amamos deixa este mundo, não é a morte que nos despedaça.
É tudo o que se segue.
A cadeira vazia. As chamadas não atendidas.
Os aniversários que nunca vão comemorar, os sonhos que nunca vão perseguir.
São as memórias que nos aparecem, as músicas que de repente parecem pesadas demais para ouvir.
São as palavras que nunca dissemos e os momentos para os quais pensámos que tínhamos mais tempo.
É passar pelos seus lugares favoritos e perceber que eles não desapareceram apenas — eles não estão em lugar nenhum.
O riso deles desaparece, as esperanças desaparecem, e a vida deles — uma vida ainda inacabada — torna-se uma história que só podemos contar no passado.
Questionamos tudo.
Nós amámos o suficiente?
Poderíamos ter segurado um pouco mais forte?
Mas lá no fundo, nós sabemos: algumas despedidas são escritas muito antes de estarmos prontos.
Quando alguém que você ama vai embora, parte de você também vai embora.
Uma parte que nunca podes reconstruir, um capítulo que nunca podes reescrever.
O que resta é o espaço oco que um dia preencheram – um silêncio que se estende para sempre.
E às vezes, não é a despedida que dói mais…
É a vida que deveria ter continuado – mas não continuou.