
A morte vem de longe
Do fundo dos céus
Vem para os meus olhos
Virá para os teus
Desce das estrelas
Das brancas estrelas
As loucas estrelas
Trânsfugas de Deus
Chega impressentida
Nunca inesperada
Ela que é na vida
A grande esperada!
A desesperada
Do amor fratricida
Dos homens, ai! dos homens
Que matam a morte
Por medo da vida.
Há exatos 45 – quarenta e cinco – anos, Ele nos deixava. Ele, o Poetinha maior. A paixão em forma humana.
Ele nunca morreu. Ele é imortal. Apenas mudou de caminho e não mais o podemos tocar.
Mas o vemos, o ouvimos, o lemos.
Sua presença é concreta, na ausência palpável do morrer.
Descreveu a morte em várias figuras. Mas nenhuma dessas lhe ocorreu. Seguiu no dia em que o Pai o chamou, para adoçar a realidade celeste com sua poesia única.
Meu Poeta, em mais um 09 de julho, minha homenagem a esse ídolo maior!
(Imagem: banco de imagens Google)