
Olhou o mar, profundo e sereno,
As ondas dançavam, um eterno vaivém,
Reflexos de luz, um brilho ameno,
Segredos guardados, murmúrios de além.
O horizonte se estendia, vasto e infinito,
Um convite ao sonho, à liberdade,
Na linha tênue entre o céu e o mar bonito,
A alma flutuava em pura intensidade.
As gaivotas riscaram o azul do espaço,
Cantando histórias de quem se atreveu,
A cada sopro do vento, um abraço,
E a brisa leve sussurrava: “Voe!”
Olhou o mar e viu o horizonte,
Um mundo de possibilidades a se abrir,
Na imensidão, encontrou seu monte,
E no silêncio, aprendeu a ouvir.
O sol se despedia, tingindo o céu,
Com cores que dançavam em tom de paixão,
E naquele instante, sob o véu,
Sentiu que o horizonte era seu coração.
Olhou o horizonte, um convite a sonhar,
Onde o céu se encontra com o vasto mar.
As ondas sussurravam segredos antigos,
E o vento trazia ecos de destinos amigos.
O sol se despedia, tingindo o espaço,
Com pinceladas de ouro, um suave abraço.
As nuvens dançavam em um balé sereno,
Enquanto a brisa acariciava o terreno.
No horizonte, a linha se desfazia,
Entre o azul profundo e a melodia.
Cada onda que quebrava na areia,
Era um verso solto, uma doce ideia.
Naquele momento tudo se confundia:
Quando olhou o mar, viu o horizonte,
E ao olhar o horizonte, viu o mar,
Não mais os diferenciava
Olhou um e outro. Viu no mar
Um espelho de sonhos prontos a navegar.
Na imensidão, encontrou sua voz,
E no murmúrio das águas, fez-se paz.
E, assim, olhando o horizonte viu o mar,
Deixou-se levar pela beleza que avistou.
Olhou o mar, e viu o hotizonte,
E nesse instante, entendeu o que é amar.
(Imagem: foto de Maria Alice)