A todas as pessoas que passaram pela minha vida; às que ficaram e às que não ficaram; às pessoas que hoje são presença, àquelas que são ausência ou apenas lembrança… – desde 2008 –
No deserto, onde o céu é redondo, de mim mesmo sou miragem. Na areia me afundo, defunto, até não haver sombra senão sob cansaços de pálpebras. Quando não há mais que vento e dunas, em mim invento o derradeiro oásis. Uma raiz então me convoca, pedindo-me certo e definitivo. Não nasci, porém, para junto de fontes morar. De novo, vou por onde não há caminhos. E só no fogo deixo pegada.