Ele foi mais que um poeta. Foi o maior Poeta brasileiro do Século XX. Poeta, escritor, embaixador, compositor, cantor, vagabundo oficial.. ele, só ele poderia ser tudo isso, e muito mais, bebericando seu interminável uísque pelos palcos, sentado em um banquinho com o infalível cigarro e o inseparável violão… Afinal, como ele pensava e dizia “O uísque é o melhor amigo do homem: é um cachorro engarrafado.“
Vinicius de Moraes, ou melhor VINICIUS DE MORAES, porque ele foi maiúsculo na criação, na emoção, na vida… Vinicius partiu sabendo quantas paixões curtiu em seu viver, mas nunca saberá quantas despertou…
Em comemoração à data de seu aniversário – 19 de outubro – esta semana será dedicada a sua imensa obra, com a publicação e divulgação de alguns textos e canções…

Soneto de carnaval
Distante o meu amor, se me afigura
O amor como um patético tormento
Pensar nele é morrer de desventura
Não pensar é matar meu pensamento.
Seu mais doce desejo se amargura
Todo o instante perdido é um sofrimento
Cada beijo lembrado uma tortura
Um ciúme do próprio ciumento.
E vivemos partindo, ela de mim
E eu dela, enquanto breves vão-se os anos
Para a grande partida que há no fim
De toda a vida e todo o amor humanos:
Mas tranquila ela sabe, e eu sei tranquilo
Que se um fica o outro parte a redimi-lo.
(Imagem: banco de imagens Google)