
A primeira vez que eu te insultar,
a primeira vez que eu te humilhar,
a primeira vez que eu tentar te controlar,
a primeira vez que eu te culpar,
que te anular, que te quebrar…
Sai. Sai sem olhar para trás.
Nem uma explicação.
A primeira vez que eu te menosprezar,
que eu levantar a voz,
que eu gritar batendo na parede,
sai pela porta.
Desaparece.
Nem uma dúvida.
Quando eu te pedir para não ser tanto,
quando eu diminuir tua alegria,
quando eu cortar tua diversão,
quando eu debochar dos teus planos,
das tuas ideias, dos teus sonhos…
Quando eu tentar arrancar tuas asas,
sai pela porta e voa.
(Imagem: foto de Maria Alice)