
E vem o Ano-Novo de novo.
A vida em festa, que alegria!
Pensei em transformar isso em poesia,
Mas ficar buscando rima só me dá agonia.
Daí, disseram que tinha amigo secreto.
E eu quase tive um treco.
Tenho complexo, confesso.
Sempre digo, se é amigo, não é secreto.
Se é oculto, não é amigo,
É sinistro.
Porém, se o presente é um texto
Dá-se um jeito.
O problema é a lembrancinha.
Só aquela coisinha
De mínimo valor.
Que pode ir de um lápis ao Cristo Redentor.
Aí, você vai lá, descobrir o que gosta a criatura
Que você tirou no sorteio por ventura.
Compra aquela caneta tinteiro que levou o seu salário inteiro.
E ganha um pirulito ou um bombom esquisito
Ou ainda um pano de prato bordado que não pode ser molhado.
Sim, sim, trauma. Calma!
Não, não vou participar, você ousa se isolar.
“Ah, seu estraga-prazer! Seu antissocial,
A gente agradece o que ganha.”
Vai, vai nessa, ariranha!
Escrever é mais fácil e o que de melhor faço.
Eu acho...
Seja lá como for, recebe essa lembrança,
Amigo.
E não fique bravo comigo
Por brincar dessa maneira contigo.
Desejo um Natal de paz e bonança
E um 2025 de muita alegria e esperança.
PS:
Ah, se eu ficar rica e famosa,
Pode expor essa obra e dizer que me conhece todo prosa.
Se eu for presa, com certeza,
Pode rasgar e queimar esta prova!
(Imagem: banco de imagens Google)