O canto de despedida vai disfarçado de flor. É feito para os caboclos do barranco sofredor. Pra eles que não vão ler nunca estas palavras de amor. Amor dá tudo o que tem: dou esta rosa verdadeira, levando a clara certeza da vida nova que vem. Canto para os curumins nascidos iguais a mim, vida escura, e tanto verde!, canoa, vento e capim. Canto para o ribeirinho que um dia vai ser o dono do verde daquele chão. Tempo de amor vai chegar, tua vida vai mudar. Vai preparando a farinha, murupi no matrinchão, nunca vi verde tão verde como o do teu coração. (homenagem ao poeta, em seus 95 anos de vida)