
Era preciso muita delicadeza Uma lixa muito fininha Pelica nas mãos para segurar E lixar, e polir, cada centímetro Sem apertar, sem ferir Mas sem deixar nada para trás Conseguiu limpar inteiro Tirou as marcas do tempo As marcas das mãos brutas Que um dia o tocaram As cicatrizes de tantos sofrimentos Os riscos deixados pelas traições As manchas deixadas por quentes lágrimas As depressões que as mágoas causaram E, depois de tudo recuperado, Com todo o cuidado Abriu o fundo do peito E recolocou no lugar Um coração agora renovado
(Imagem: banco de imagens Google)