
Hoje estou com sérios problemas para postar.
A porcaria da microsoft, sim, aquela empresa monopolista e mercenária, que ainda darei um jeito de escrever sem precisar dela, resolveu me bloquear.
Não é a primeira nem a segunda nem a décima vez que isso acontece.
Só uma empresa muito sem raça, que não se importa com seus usuários é capaz de fazer essas alterações que impedem o livre uso do programa que foi comprado e pago – caro – por quem se serve do computador para trabalhar.
Então estou aqui, digitando de forma improvisada, e me lembrando de meus antigos artigos datilografados, o que era feito sem pagar royalties nem o custo de renovação anual de programa de datilografia.
Como era difícil trabalhar com cópias-carbono, onde não se podia errar para não perder todo o serviço.
Embora atribuam a um religioso brasileiro a invenção da máquina de escrever, ideia esta que teria sido roubada e patenteada por um estrangeiro no século XIX, na verdade há uma patente registrada no século XVIII, embora nada mais conste sobre a efetiva existência dessa máquina.
Histórias, à parte, posso dizer que aprendi datilografia nas antigas Remington & Cia.
Meus dedos finos, de menina, penetravam entre as duras teclas metálicas e viviam machucados.

(Imagem do banco de imagens Google)
Um dia fui apresentada à máquina elétrica. IBM.
Que maravilha!!!!!!
Dedos intactos depois de horas de datilografia.
Aí vieram a esférica, a eletrônica, a minha inseparável Praxis (várias, tive de comprar várias porque eu datilografava tão rápido que a bolsa de 80 caracteres dela estourava e queimava a máquina – precisei aprender a escrever mais devagar que o pensamento…).
E veio o computador.
Que era uma maneira um pouco mais sofisticada de se datilografar. E o nome passou a ser digitar.
De repente, o computador já não nos servia, mas de nós se servia.
E assim ficamos nas mãos de microsofts, apples, e outras empresas que se divertem em nos atrapalhar.
Desde que paguemos bem caro por isso.
A vida não anda para trás.
Então é continuar a usar computador e enfrentar esses transtornos e amanhã contatar o técnico para ver o que está acontecendo, enquanto penso se não seria melhor me tornar hacker (ou ciberpirata em bom português), técnica em informática e expert em recuperação de softwares e, eu mesma, consertar toda essa porcaria da qual dependo para escrever uma simples crônica.
A propósito, esse desabafo já fica valendo como a crônica de hoje.
(foto no alto: minha antiga Underwwod, totalmente recuperada e em plenas condições de uso. Para quem não sabe, ela já vai imprimindo direto, sem necessidade de impressora, à medida que vou digitando. Inovação tencnológica do século XIX)