Poesia da casa – Por quê?

Se não era para ficares, por que chegaste tão cedo?

Se era para partires, por que vieste um dia?

Igual uma chuva, tão desejada, mas que não dura,

Porque vem o sol que apaga todos os sinais

Ou um céu estrelado por mais lindo e admirado,

Vem o amanhecer, o dia que a faz desaparecer

Se era para acabar e causar tanta dor, por que começou?

Se era para caíres em seguida, por que alçaste esse voo?

Da mesma forma que as marcas deixadas na areia

São em seguida desfeitas pelas ondas do mar

E os frutos, tão caprichosamente concebidos na natureza

São derrubados e destruídos pelo vento insensível

Se não pretendias amar, por que o juraste em falso?

Se não era para ser amor, por que surgiu esta paixão?

Como nuvens formando as mais lindas figuras

Que não permanecem, somem à primeira brisa?

Tudo que temos são as brancas espumas do mar

Que se desfazem quando se deitam em sua amada areia

Se não era para beijares, por que me deste este abraço?

Se não pretendias me levar, por que me chamaste?

Um comentário em “Poesia da casa – Por quê?

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s