Na estrada Não sei se passo eu por essa estrada Ou se é essa estrada que por mim passa No asfalto – tão cinza e tão feio Correm brancos riscos a meu encontro Nos dois lados troncos fazem cercas Cruzam rápidos, levando esticados Tantas linhas feitas de arame farpado Só para mostrar existir um limite invisível Poste e torres correm com seus fios Levam luz, levam calor, levam progresso E ainda levam as boas e as más notícias Cruzando com esses riscos brancos Passo eu por estrada que não tem fim Ou é ela, a estrada, que passa por mim? (Imagem: banco de imagens Google)