Noite de domingo. Mais uma semana vivida. Menos uma semana para se viver…
E depois de um domingo preguiçoso, sempre vem uma segunda-feira acelerada. Já fico cansada só de pensar.
Quando estamos nos acostumando com o ritmo da semana, chega o esperado sábado. E desaceleramos. Mais um domingo de pura ociosidade. Nunca fui acostumada à vida madraça, mas agora, já na soleira do fim, estou apreciando viver sem muita obrigação. Mesmo assim, ainda acho que estou com muitos compromissos.
Sonho com o dia em que acordarei nos dias de semana sem absolutamente nada para fazer. Nem tirar o carro da garagem. Talvez mesmo nem destrancar as portas. Vaguear pela casa, em silêncio, sem tv ligada, sem ninguém falando nada.
Preparar meu café da manhã em qualquer horário – não fará a menor diferença se me levantar 5h45 ou 10h15.
Deitar para fazer nada até o corpo gritar que precisa se movimentar. Daí preparar alguma refeição – do meu jeito, sem carnes nem gorduras, saborear lentamente e continuar vadiando até a noite chegar. Passar a tarde lendo deitada em uma rede.
Como não sou de ferro, ao anoitecer tomar um bom whisky, na varanda, pensando na vida boa que estou levando.
E assim continuar até ir dormir de novo.
Essa seria minha nova rotina. Mas acredito que vai ficar no sonho, porque minha realidade é bem diferente. Mas, como enfrentar a realidade sem sonhar?