A todas as pessoas que passaram pela minha vida; às que ficaram e às que não ficaram; às pessoas que hoje são presença, àquelas que são ausência ou apenas lembrança…
A dor dessa ausência tão sofrida
quanto inesperada e nunca desejada
que levou consigo o sorriso e a paz
a alegria, a paixão e a vontade de viver
A dor dessa ausência tão sofrida
como um barco abandonado no velho porto,
um cais esquecido, do amor passado,
mãos que não se tocam, olhos que não se veem
Essa dor tão intensa e tão sofrida que apaga o sol e torna os dias tão cinzentos desce dos olhos e rola pelas faces de forma de gotas: lágrimas da chuva que congela um coração castigado
Essa ausência tão dolorida e insuportável que tem contornos de uma presença constante de quem partiu deixando um lugar vazio que jamais poderá ser novamente preenchido
A ausência concreta da presença abstrata como a flor esquecida no meio do caminho preenchido apenas das pegadas solitárias onde antes se caminhava unidos aos pares
Tudo isso rompe a alma e tira a paz e a alegria torna o viver uma carga quase insuportável e sangra a ferida eterna que nunca se fechará na dor dessa ausência tão sofrida