
Esperança – sustento dos sonhos, alimento da alma.
Muitas vezes é o único fio que ainda nos prende à vida.
Feita da mesma matéria da espuma do mar e das nuvens, é o mais tenaz dos sentimentos. Resiste. Sua missão, tão difícil, é assoprar continuamente as brasas da existência que ainda restam sob as cinzas das desilusões.
A cargo da esperança está nossa vontade de viver, de lutar, de seguir adiante. Ou já teríamos desistido de tudo.
Um único ponto de luz no nosso futuro é exatamente uma estrelinha brilhante que a esperança ali colocou. Para nos manter vivos.
E vamos em busca de alcançar essa estrelinha, que se afasta sempre que nos aproximamos. Mas a esperança, atenta, não nos deixa esmorecer.
E continuamos.
Mas, às vezes, a esperança se distrai, e desabamos.
Porque viver só de esperança é desanimador.
E isso faz lembrar uma velha trova “espero… pobre esperança / que já me resta tão pouca; / esperança também cansa / e às vezes amarga a boca”.
(Imagem: quadro de Miguel Ângelo Barbosa)