
Ele sempre vai embora. Não consegue ou não pode ficar.
Às vezes discretamente, outras com grande estardalhaços.
Às vezes se vai mais cedo, outras fica enrolando e demora para ir.
Mas ele sempre se vai.
Sabe que deixará saudade, sua volta será ansiosamente aguardada.
E então tudo escurece, perde o brilho, o calor, e sua ausência é lamentada.
E chega a hora mais escura da noite, a hora mais fria da madrugada, a natureza em completo repouso, parece que está tudo perdido, que tudo acabou de vez.
Então ele volta.
Surge, quente e imponente, em cores deslumbrantes, anunciando o novo dia.
E volta a luz, a claridade, o calor e a própria vida.
Porque o sol volta, ele sempre volta.
(Imagem: foto de Maria Alice)