Vide ‘o mare de Surriento, / che tesoro tene nfunno: / chi ha girato tutto ‘o munno / nun l’ha visto comm’a ccà.
Guarda attuorno sti Sserene, / ca te guardano ‘ncantate, / e te vonno tantu bene… / Te vulessero vasà.
E tu dice: “I’ parto, addio!” / T’alluntane da stu core / Da sta terra de l’ammore / Tiene ‘o core ‘e nun turnà?
Deixei, há algum tempo, escrito no livro do hotel que eu voltaria. E nesses anos sonhei todos os dias com a volta. Finalmente consegui acertar todos os ponteiros e fui de novo para Sorrento.
Que continua linda, cheirosa, perfumada com os inúmeros limoreiros pelas praças, ruas e quintais, colorida, maravilhosa Sorrento.
Cheguei com os limoeiros tombando ao peso dos limões maduros e o perfume inconfundível no ar. E o limoncello servido no ponto e temperaturas exatos…
A indescritível península sorrentina, com o Vesúvio imperando do outro lado do golfo… lindo durante o dia, deslumbrante à noite.
Fica entre Nápolis – que adoro – e a Costa Amalfitana, que é a mostra mais concreta do amor do Criador pelos homens. Ou não teria feito nada tão lindo neste mundo…
As ruas, ruelas e becos de Sorrento, a praça Tasso, as lojinhas, o penhasco sobre o mar…
Todas as praças e seus inúmeros bancos que nos convidam a permanecer num eterno não-fazer-nada, apenas respirando e vivendo…
Não é possível não se apaixonar perdidamente por e em Sorrento…
Eu sei que voltei incompleta, porque deixei lá meu coração, o qual um dia voltarei para buscar.
E, à noite, sentar na varanda com um copo de vinho, e ficar olhando o céu, o mar, e o Vesúvio…
Porque quem foi uma vez, para sempre sonha com “torna a Sorrento”
(08/05/18)