Sentir nas mãos o perfume de outras mãos
Manter na pele o toque de outra pele
Trazer no corpo o relevo de outro corpo
Ouvir com a mente a voz que já se calou
Andar de mãos dadas com mãos ausentes
Dormir nos braços que já se foram
Ter vivos os carinhos encerrados
Esse é o retrato da saudade
A saudade que restou de uma ausência
Que já impede de contar estrelas
Apagou dos olhos o brilho do olhar
E tirou da alma a vontade de viver
Ausência – a falta absoluta
De quem não poderia ter partido
Quem se foi, mas deixou na outra alma
Toda a ternura que havia em tanto sonho
Lindas poesias, Alice.
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