Poesia da casa – De um passado

Quando pele contra pele em perfeita concha adormecemos,

Almas felizes, paixão satisfeita, tudo mais que perfeito;

A Terra girava em seu exato eixo, o mundo se acalmou,

A mansa chuva lavava os céus, o ar, nossas almas sedentas,

Tudo, todos e cada um ocuparam seu devido lugar,

A felicidade se fez e inundou a noite com sua paz.

O tempo, passou, cruel, separando quem se queria junto,

A vida, implacável, seguiu seu curso de angústias e dores

Como um rio cujas águas não podem ser contidas nem represadas,

E consigo tudo arrasta, separa, esparrama e desfaz…

Pouco a pouco apenas recordações se fazem presente

Nessa vida de repente tão sem brilho, tão vazia de você,

Meus braços, agora, só encontram o vazio para enlaçar.

Somente as lembranças hoje se deitam a meu lado

E tenho, por única companhia, apenas a sua ausência.

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