
Um turbilhão vindo de lugar desconhecido Turvou-me a alma, tirou-me o chão, fez o escuro. Tumulto no sentir, no pensar, sem ação. Uma vida esboçada que não aconteceu. Um botão de flor morto sem desabrochar. Eu fui nada, fui espera e fui amor. Agora novamente não sou nada. Nada sou, nada espero, nada amo. Sou a escuridão que precede a luz que não vem. Sou a eterna madrugada onde nunca amanhece.
(Imagem: banco de imagens Google)