Poesia da casa – da paixão

E eu pensei que partia
Que era livre, nada a me prender
Então parti. Fui embora
Sem rumo, sem Norte
Apenas fugi. De tudo. De todos.
E, principalmente, de mim.
No impacto da coragem
Não pensava em mais nada
Estava, finalmente, livre! Livre!
Busquei estradas, percorri atalhos
Deitei em bosques, nadei em remansos
Era só para mim que as nuvens dançavam
O céu era inteiramente meu
As estrelas sorriam e piscavam para mim
Mas logo o encanto se perdeu
A angústia voltou a me perturbar
O que eu queria? O que eu buscava?
O escuro novamente se fez em minha alma
E, vi, com tristeza, que não era livre
Apenas fugira de um lugar
Mas não encontrara a liberdade
Porque trazia comigo, dentro do meu peito
A prisão que me limitava, 
A tristeza infinita
Da saudade eterna que habita
Dentro do meu mais profundo existir
E não deixa minha alma voar:
A terrível gaiola da paixão...

(Imagem: banco de imagens Google)

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