Cobiça é querer o que não se tem;
Ambição é querer ter mais do que se tem;
Ganância é querer ter tudo o que se pode ter;
Inveja é querer que o outro não tenha.
Que triste realidade é a existência do invejoso.
Não passa de um nada, para sempre será um nada, e vive tentando evitar que outros sejam e que outros tenham.
Conviver com um invejoso é um suplício, porque é difícil o relacionamento com uma mente pequena, rasteira.
E, geralmente, a língua do invejoso é bastante grande e leve.
Fala da vida dos outros com muita facilidade. Toca no nome de terceiros com muita leviandade.
Acredito que cobiçar quase todo mundo cobiça alguma coisa – material ou imaterial.
O ganancioso é inconveniente, acaba perdendo o senso de comunidade, de sociedade, não se importa em fazer do ombro que o outro lhe estende num momento difícil um degrau para obter algo que está mais alto.
Ao passo que o ambicioso é o motor do mundo, aquele que faz acontecer porque sabe onde quer chegar e vai buscar, o invejoso é a verdadeira marcha-a-ré da humanidade.
Desde que o outro não tenha ele fica feliz. Desde que o outro não seja ele exulta.
Ele próprio não quer nada para si, não luta por nada. Basta-lhe ver que o objeto de sua inveja não foi, não é, não conseguiu, não tem…
E nada lhe custa por-se a grasnar inverdades e aleivosias para diminuir quem cresce ante seus olhos.
A cada dia que passa mais concordo com Molière, quando disse que La vertu dans le monde est toujours poursuivie. Les envieux mourront, mais non jamais l’envie…