Sou eternamente apaixonada por cadernos. Desde aquele primeiro caderninho do curso primário, com capa verde e o Hino Nacional, posso vê-lo ainda, de tão nítido em minha memória, e as tantas dezenas, talvez centena, pela vida afora, todos os cursos, conservatório, faculdade, e, mesmo hoje, os cadernos que ainda uso, pois tenho o hábito de escrever a lápis em caderno e depois digitar os textos.
Por isso, há cadernos esparramados em minhas casas, bolsa, carro, porque a inspiração não manda aviso nem marca hora de me visitar…
Essa canção sempre me emocionou. Uma poesia, uma música, um encantamento…
Do primeiro rabisco até o be-a-bá.
Em todos os desenhos coloridos vou estar:
A casa, a montanha, duas nuvens no céu
E um sol a sorrir no papel.
Seus problemas ajudar a resolver.
Te acompanhar nas provas bimestrais, você vai ver.
Serei de você confidente fiel,
Se seu pranto molhar meu papel.
Vou lhe dar abrigo, se você quiser.
Quando surgirem seus primeiros raios de mulher
A vida se abrirá num feroz carrossel
E você vai rasgar meu papel.
Comigo ficará guardado, se lhe dá prazer.
A vida segue sempre em frente, o que se há de fazer.
Só peço a você um favor, se puder:
Não me esqueça num canto qualquer.
Também amo cadernos, cadernentas…
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