Quero-te ao pé de mim na hora de morrer. Quero, ao partir, levar-te, todo suavidade, Ó doce olhar de sonho, ó vida dum viver Amortalhado sempre à luz duma saudade! Quero-te junto a mim quando o meu rosto branco Se ungir da palidez sinistra do não ser, E quero ainda, amor, no meu supremo arranco Sentir junto ao meu seio teu coração bater! Que seja a tua mão tão branda como a neve Que feche o meu olhar numa carícia leve Em doce perpassar de pétala de lis… Que seja a tua boca rubra como o sangue Que feche a minha boca, a minha boca exangue!… Ah, venha a morte, já, que eu morrerei feliz!…