Poesia da casa – Tanta saudade Lembranças doces que nos perseguem Ausência de uma paixão que se desvaneceu no tempo Presença constante da falta que alguém nos faz Buscar no nada uma razão para a existência Fazer, da névoa da memória, uma companhia Olhar para as próprias mãos, agora vazias Ainda com o perfume do amor compartilhado De tudo que escorreu por entre nossos dedos E não conseguimos reter em nossa vida, Mas não tivemos jeito de tirar do coração. Relembrar cada momento de doçura e encanto Ouvir de novo a voz já tão distante Perder os contornos precisos de um vulto e ver as cores da própria vida se esmaecendo Como um barco que, pouco a pouco, se afasta do cais