
Eu gosto do amor que sobra!
Aquele amor que se derrama,
Sem economizar.
Amor que
Se espalha,
Enraíza,
Só de olhar.
Amor que dá sentido,
que faz sentido,
A tantas formas de amar.
Gosto daquele amor
cheio de intenção,
Que faz o coração acelerar.
Amor que dá água na boca,
E depois secura,
Para depois molhar.
Gosto do amor,
Remanso, calmaria,
Um pouco de rebojo,
Vento brando, sem assustar.
Amor tempestade de verão,
Chuva forte passageira, aroma de terra molhada no ar;
Chuva fina com a sensação de vai-e-vem,
Sem garoar.
Gosto do amor sentido,
Que alivia, mas tempera,
Sem hora para acabar.
Eu gosto do
amor límpido, translúcido, farto,
Sem medida ou receio de errar.
Eu gosto do
amor com jeito,
cara e cheiro de amar.
Amor que enobrece, cuida, dela,
Amor para enfeitiçar.
Amor que mata de rir,
Que faz viver feliz,
E meio sem querer
Faz chorar.
Amor atrevido,
Que se faz presente,
Para depois desembrulhar.
Eu gosto daquele
amor que pode-se chamar de “meu”,
Sem medo de gritar.
Amor frequente, que extasia,
Amor da gente.
Amor que faz (des)confiar.
Eu gosto daquele
amor que te puxa para o lodo
e cochicha em meu ouvido, com voz rouca, dizendo:
Meu bem, vem cá!
Eu gosto daquele amor que usa, abusa
E lambuza
Com as mais diversas forma de amar.
Eu gosto de amor farto, Sem resíduo.
Para que economizar,
Se amor é para viver de amar?
Eu gosto!