Ama-me tonto, e ama-me são. De ti não almejarei as ansiedades que botam para fora os animais que te habitam e não desejarei as falsidades que o vinho te provoca e que o fumo te acende. Ama-me como se eu fosse a casta ovelhinha e tu foste o ladrão, aquele que deseja acima dos propósitos. E se tiveres que vender a ovelhinha, vende-me e se tiveres que matar a ovelhinha para que teu nome não se suje, mata-me também, mas antes, ama-me com saúde, e ama-me alegremente, enquanto não chegue o desaparecimento de um de outro na transmutação do nosso amor. (Imagem: RInaldo e Armida, pintura de Francesco Hayez)