Passo em ruas passadas, conhecidas, tão já vistas e caminhadas. Periodicamente tudo muda. Lojas adoráveis se fecham. Nunca mais abre nada no lugar, fica aquele vazio feio, todo pichado, no meio dos outros. Outras, feias e sem graça, se fecham e ali se abre um nova loja linda, atraente, que alegra o local.
Muitas são imprescindíveis, e um dia suas portas permanecem cerradas. Ela se foi. O que vem no lugar não traz a mesma utilidade. Ou o contrário.
A verdade é que tudo muda. O que foi já não é, se tinha, já não tem… e temos de continuar vivendo e tocando nossa vida da mesma forma, como se nada fizesse parte dela.
Sempre esperando que tudo melhore, que venham boas pessoas, ótimas lojas, excelentes prestadores de serviço. Mas nem sempre é assim.
Isso nas ruas pelas quais caminhamos.
E na vida, os caminhos do coração? Acontece a mesma coisa…
Passamos sempre os mesmos atalhos já pisados, e pessoas que ali estavam já se foram. Outras – piores ou melhores – vieram para ocupar esses lugares.
Algumas pessoas são tão especiais, tão insubstituíveis, que o lugar que deixam dentro de nós ficará vazio para sempre.
Outras nós temos de tirar à força dali pelo mal que nos está causando e ficar na esperança que seu lugar seja preenchido por alguém que mereça estar em nosso coração.
Mas o mais triste são as pessoas que julgamos maravilhosas e insubstituíveis, que, simplesmente, num de repente qualquer da vida, saem de nosso coração e desaparecem.