Velho ou novo?

O segredo da mudança está em focar toda sua energia, não em lutar com o velho, mas em construir o novo. (Socrates)

 

Será tão fácil como prega o filósofo? Quando temos a certeza que o velho já deve ser deixado de lado, não compensa mais lutar por ele – ou com ele?

Sejam conceitos, trabalhos, relacionamentos, amores ou pessoas?

Quando o que temos na mão se torna velho? O que é ser velho?

Essas questões são suficientes para atormentar a mente de qualquer vivente. Porque o que amamos nunca se torna velho nem ultrapassado.

O que nos dá prazer nunca é velho.

O trabalho que nos sustenta não pode ser deixado de lado.

As pessoas que estão à nossa volta devem ser preservadas, mais valiosas quanto mais o tempo passa…

Construir o novo é, sim, uma necessidade. Porque tudo se renova.

Nossa missão é exatamente construir – ou possibilitar que seja construído – o mundo novo que deixaremos quando partirmos.

Mas equilibrando com a permanência do que já está aí e ainda é positivo, é útil, é fonte de amor. Acredito que o grande problema do mundo atual é exatamente essa ideia do descartável – se faço ou tenho (ou posso ter) outro mais novo, deixe o velho largado, desfaça-se dele…

Não. Não o deixe, mas tempere-o com o novo. Esse é o segredo.