Mulher & paixão

 

“O amor, que não é mais do que um episódio na vida dos homens, é a história inteira da vida das mulheres.”(Madame de Staël)

 

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E isso faz tão diferentes homens e mulheres – o amor, para os homens, ocupa apenas e tão-somente o lugar do amor na vida deles. A mulher, que em geral confunde amor com paixão e mistura tudo com dependência emocional e afetiva, deixa que esse sentimento aniquilador ocupe todos os espaços de sua vida – e de seu ser.

Por isso a mulher quando apaixonada – em geral – não raciocina, não enxerga, não pensa, não vive – apenas é uma apaixonada.

E a consequência pode ser terrível – se o relacionamento acaba, para ela nada sobra, porque ela não era mais nada além da paixão, dependendo da existência e da presença daquele homem até para respirar. E a crise a enfrentar pode ter efeitos devastadores na personalidade dela.

Algumas se contentam em chorar desbragadamente por semanas a fio, emagrecer – ou engordar, às vezes – perder o emprego, e outros efeitos negativos na própria vida.

Outras, mais passionais ainda, passam a tentar destruir o homem – pensam que porque estão destruídas ele não tem direito a sobreviver ao fim do relacionamento.

Vemos, então, aqueles atos tresloucados, inacreditáveis que sejam praticados por uma mulher tão doce, tão equilibrada, sempre tão calma, que era tão dedicada e tão… apaixonada por aquele homem.

Os atos vão desde telefonemas desesperados a qualquer momento do dia ou da noite – o coitado não tem direito à privacidade, ao trabalho, nada – e na era do celular isso é muito mais cruel, até terror explícito – segui-lo ou à nova namorada, dar “fechadas” no trânsito, simular tentativas de suicídio…

E eu pergunto: por que, geralmente, as mulheres reagem assim? Não têm amor próprio? Não se amam o suficiente para ficar sozinhas? Na hora do rompimento, ainda frente a frente, que se argumente, que se implore, mas depois de posto o ponto final na relação, por que rastejar? Deixemos isso para os compositores dor-de-cotovelo, Chico Buarque, Maysa, Jacques Brel & outros… fica até bonito na arte: na música, no teatro… mas na vida real é ridículo, desgastante e indigno.

Quem não viu o ridículo dessa situação, por exemplo, dentre outros no filme Atração Fatal, em que a mulher não aceita o não do ex-affaire, e passa a praticar atos verdadeiramente insanos, atormentado o próprio e sua esposa.

O fim do relacionamento, por mais doído que possa ser, tem que ser vivido com dignidade.

Em casa, sozinha, pode chorar, descabelar, tomar garrafas de vodka ouvindo “Ne me quittes pas”, “Tatuagem”, “Atrás da porta”, e outras músicas do gênero, mas, em público, levantar a cabeça, armar um sorriso e seguir em frente.

Dignidade antes de tudo!