
Estamos a menos de uma semana do verão. A estação mais esperada do ano em terras tropicais.
Tempo de calor, sol, sorvete, férias, praia, esportes e paixões.
Pelo menos era assim antes dessa maldita peste chinesa que teima em atrapalhar, tira tudo da ordem em que sempre esteve, dispõe da nossa realidade e aniquila nossos sonhos.
O verão não sabe ser discreto. Não sabe chegar de mansinho, quando todos estão preparados para sua entrada. O verão é estrondoso. Chega arrebentando. Invade os últimos dias da primavera, trazendo tempestades terríveis, grandes chuvas, vendavais, granizo e tudo o que acha que tem direito.
E a doce primavera, que resiste esperando sua data de saída – o solstício de verão – se vê empurrada para fora do palco, entre raios e trovões.
Até a noite tem medo de começar no verão. Os dias ficam mais compridos, adentram no horário noturno, sendo o dia 22 de dezembro o mais longo do ano – será que têm direito à hora extra? E a noite, tão linda, tão querida, se encolhe e quase não vem…

Assim é nosso “verão austral”, originado do latim veranu – de ver, veris – que vai durar até o equinócio de outono.
Talvez, das quatro estações do ano, seja o verão aquela que tem o nome mais áspero, menos melodioso, menos poético.
Hoje tivemos temporais notórios. E muitos, muitos raios. Depois da primeira tempestade, no meio da tarde, com direito a céu escuro durante o dia, quando pensamos que anoiteceria, uma estranha luminosidade tomou conta do céu. E não anoiteceu.

Até começar a segunda tempestade.
Que não quer passar.
Coisas de verão…
(Fotos tiradas nesta data – 15.12.2020, às 18h50)