
No mais profundo do ser Está sua alma inatingível Com sua consistência de nuvem Em suas paredes de fumaça E sua força de névoa Não ser Não estar Apenas existir Como algo inconsútil Que não se rompe Não se entrega Não se deixa dobrar Ali permanecer No silêncio do nada Entre as pregas do querer No regaço do desejo Do avental do amar Até o final Em busca do sentido Achar o sentido no nada Quando não restar mais Do que uma onda de quietude E uma partida sem volta.
(Imagem: banco de imagens Google)