Hoje, 30 de janeiro, Dia da Saudade. Saudade, minha essência, razão de minha existência. Vou replicar um texto antigo sobre saudade. Quantos textos escrevi por saudade… Há muitos. Escritos e por escrever. Porque a saudade é uma companheira fiel – chega por último, depois que o amor, a paixão, a alegria, todos já se foram. Mas nunca mais irá embora: ela chega para ficar…
Saudade
«É uma mania que a alma tem
De ouvir o que não é dito.
De sentir o que não se toca,
de ver o que não pode ser visto.
saudade,
é um pedacinho da gente,
Que alguém sem pedir permissão,
Leva para bem longe.»
(Marcelo Vico)
Quantas vezes eu já escrevi sobre saudade.
E quantas mais sobre saudade eu li…
Saudade, essa presença incômoda de uma ausência que não nos abandona.
Esse sentimento de gosto amargo que adoça a vida com doces lembranças.
Essa presença invisível que nos acompanha dia-a-dia, hora-a-hora.
Esse fio mágico que não conhece distâncias e nos mantêm unidos a quem se foi.
Ah, saudade, eu peço, me deixe em paz. Procure outra alma para fazer seu ninho.
Quero viver sem pensar, sem lembrar, quero viver sem ter saudade.
Mas, imagino, sem saudade, a vida seria um deserto onde somente se avança
Onde não há um velho porto à nossa espera para voltarmos
As portas se trancam à nossa passagem e impedem o regresso
Porque sentir saudade é voltar um pouco e encontrar quem se foi
É trazer de volta sensações, cheiros, toques, abraços que se foram
Viver sem saudade é viver sem lembranças doces
É trilhar o atalho até à morte sem se ter vontade de ficar
Então eu peço: Saudade, fique! Não me deixe nunca!
A gente sente saudade de tanta coisa… realmente ela chega e não vai embora.
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