A todas as pessoas que passaram pela minha vida; às que ficaram e às que não ficaram; às pessoas que hoje são presença, àquelas que são ausência ou apenas lembrança…
Não sei se passo eu por essa estrada
Ou se é essa estrada que por mim passa
No asfalto – tão cinza e tão feio
Correm brancos riscos a meu encontro
Nos dois lados troncos fazem cercas
Cruzam rápidos, levando esticados
Tantas linhas feitas de arame farpado
Só para mostrar existir um limite invisível
Poste e torres correm com seus fios
Levam luz, levam calor, levam progresso
E ainda levam as boas e as más notícias
Cruzando com esses riscos brancos
Passo eu por estrada que não tem fim
Ou é ela, a estrada, que passa por mim?