
Que essa semana passe rápido, essa quinzena se finde e esse mês acabe. Não começou bem e não acabará melhor. O que começa torto acaba torto ou mais torto ainda. O que começa errado acaba errado ou mais errado ainda. Portanto, um mês que começou ruim não acabará bom, será ruim ou pior ainda.
Que novos meses venham com mais leveza e alegrias. Que novos ventos nos tragam boas novas, e estejamos sempre preparados, portas e janelas abertas para a felicidade que há de chegar. Um dia tudo muda na vida de cada um. E o barco toma o rumo inverso. E se tivermos força remaremos rumo ao arco-íris que anuncia o fim da tempestade.
Basta estar pronto e atento.
A maior arte da vida é saber se levantar. Porque cairemos. Sempre. Cairemos sozinhos ou seremos empurrados. Cairemos porque tropeçamos ou porque alguém nos passou uma rasteira. Mas cairemos.
Quem sabe se levantar e seguir adiante não ficará caído. Viver é a arte de se adaptar, de se renovar, de se levantar depois de cada tombo, de se apaixonar e sobreviver ao fim da paixão.
Aprendemos, desde o momento do nascimento, à nos adaptarmos. Porque ao nascer já nos adaptamos a respirar sozinho, à luz, aos ruídos, aos movimentos bruscos, ao mundo frio, feio, claro, barulhento e hostil. E, adaptados, sobrevivemos.
E muito cedo já começamos o aprendizado da renovação – perdemos pessoas amadas, mudamos de casa, de escola, de amizades e a cada mudança é necessária a capacidade de se renovar, por mais difícil que seja a nova realidade.
Muitas vezes cairemos, por isso somos incentivados a conseguirmos voltar a ficar de pé depois do tombo – sermos capaz de nos levantarmos, sozinhos, a cada tombo, nos torna invencíveis.
Ainda, ao longo da vida, nós nos apaixonaremos diversas vezes.
E isso nos fará sofrer quando terminar.
Por isso devemos nos preparar. Para a paixão e para o pranto. Sabendo que ambos passarão.
E quando o coração, cansado de bater sozinho, nos pedir um par, que estejamos prontos, preparados e com as portas abertas para a nova paixão.
E o círculo se repetirá inúmeras vezes enquanto vivermos.
E então podemos dizer que estamos vivos.