
Vejo a lua como se fosse a primeira vez Não importa quantas noites já a vi Ela chega pálida, tímida, despercebida Chega no final da tarde para não se atrasar E ali fica, tão quieta, esperando o anoitecer Quando então, soberana, domina o firmamento E nos olha, divertida, em esplêndido brilho. Ou nem vem, resolve ir amar em outro canto E nos deixa em noite escura sem brilhar E apenas a imaginamos, ao olharmos para o céu Sabendo que ela existe, está em algum lugar É sempre uma primeira vez todas as noites A grata surpresa de poder ver a lua. Vejo o mar como se fosse a primeira vez Não importa quantas vezes eu já o vi Sempre cantando em constante ondular Vem tão manso em suas águas transparentes Esperando o carinho de um mergulho Quando então, poderoso, arrasta e traz de volta E nos olha, divertido, em esplêndido azul-mar Ou sossega, e acalma suas ondas E nos deixa abandonados sem brincar De repente, se levanta, entediado, e nos leva E nos traz, em seu louco balançar, É sempre uma primeira vez todas as vezes A grata surpresa de poder ver o mar. E quando, na noite, em puro encanto, ela nua Prateia as águas no rastro do luar A maré, apaixonada, então recua, Dando espaço para todo esse brilhar, Penso na alegria de ser sua Como marca desse nosso intenso amar: Deixe-me, meu amor, ser sua lua E seja você, para sempre, o meu mar (As fotos que ilustram os posts são retiradas de bancos de imagem do google, salvo se a autoria estiver anotada na página)