A todas as pessoas que passaram pela minha vida; às que ficaram e às que não ficaram; às pessoas que hoje são presença, àquelas que são ausência ou apenas lembrança…
Vejo a lua como se fosse a primeira vez
Não importa quantas noites já a vi
Ela chega pálida, tímida, despercebida
Chega no final da tarde para não se atrasar
E ali fica, tão quieta, esperando o anoitecer
Quando então, soberana, domina o firmamento
E nos olha, divertida, em esplêndido brilho.
Ou nem vem, resolve ir amar em outro canto
E nos deixa em noite escura sem brilhar
E apenas a imaginamos, ao olharmos para o céu
Sabendo que ela existe, está em algum lugar
É sempre uma primeira vez todas as noites
A grata surpresa de poder ver a lua.
Vejo o mar como se fosse a primeira vez
Não importa quantas vezes eu já o vi
Sempre cantando em constante ondular
Vem tão manso em suas águas transparentes
Esperando o carinho de um mergulho
Quando então, poderoso, arrasta e traz de volta
E nos olha, divertido, em esplêndido azul-mar
Ou sossega, e acalma suas ondas
E nos deixa abandonados sem brincar
De repente, se levanta, entediado, e nos leva
E nos traz, em seu louco balançar,
É sempre uma primeira vez todas as vezes
A grata surpresa de poder ver o mar.E quando, na noite, em puro encanto, ela nua Prateia as águas no rastro do luarA maré, apaixonada, então recua,Dando espaço para todo esse brilhar, Penso na alegria de ser sua Como marca desse nosso intenso amar: Deixe-me, meu amor, ser sua lua
E seja você, para sempre, o meu mar(As fotos que ilustram os posts são retiradas de bancos de imagem do google, salvo se a autoria estiver anotada na página)