
Por que os domingos são dias tão chatos? Dia comprido, interminável…
Sem a vibração do sábado, sem o agito da segunda-feira, é um dia feinho, espremido, sem graça.
Todos marcam compromissos descompromissados para o sábado – o clube, a partida de tênis, ou de golfe, o passeio de moto, o churrasco com os amigos, até levar o carro para lavar. Ou compromissos sérios para segunda-feira – o advogado, o cartório, o médico, as compras… mas ninguém, ninguém mesmo, marca nada para domingo.
No máximo, vai-se à missa (quando não se consegue ir no sábado no final da tarde…)
Festas, bares, reuniões, tudo o que é bom acontece nos sábados… Casa-se, de regra, aos sábados, não aos domingos.
Acho que nunca fui a um casamento no domingo. Mas, aos sábados, já precisei escolher a qual iria, porque havia mais de um para comparecer.
Domingo é dia de levantar tarde por falta de opção. Almoço sem graça. Tarde sem atividade.
De vez em quando aproveita-se o domingo para se telefonar para familiares e cumprir obrigações. Nem prazer nem compromisso. E, se conseguir, dormir cedo porque na segunda-feira serão inúmeros afazeres e o dia deve começar ao amanhecer para se dar conta de tudo…
Todos os dias nos lembramos do que fizemos durante a jornada e conferimos se deu tempo de fazer o que era preciso.
Tudo o que fazemos no sábado fica na memória por um bom tempo pelo prazer que proporcionou, tornando cada sábado um dia único.
Em compensação, no domingo… não acontece nada, nem de bom, de ruim, nada para ser lembrado nem nada para ser esquecido.
Enfim, um tédio.
Mas o domingo, coitado… o que se quer, mesmo, é que acabe logo...
(Imagem: Banco de imagens do Google)