
Da página Sons do silêncio

Blog de de Alice – Alinhavando letras
A todas as pessoas que passaram pela minha vida; às que ficaram e às que não ficaram; às pessoas que hoje são presença, àquelas que são ausência ou apenas lembrança…
Espero um dia me reencontrar Tapar esse vazio que ficou E que a sede de amar Que o teu adeus deixou Volte de novo a transbordar Dentro do meu corpo mortal E que a chama da paixão Que quase se apagou Da qual quase nada sobrou Um dia se reacenda numa chama imensa Que nada nem ninguém possam apagar Que essa chama se entranhe no meu peito Que me alimente os meus sonhos perdidos Que me faça de novo voltar a acreditar Que me dê novamente asas para voar Que me faça sonhar acordado Que me dê paz em relação ao passado Que me faça reerguer a poesia Que ficou enterrada na memória Com medo da dor Que deixou a tua despedida Que as palavras de amor Liguem de novo as palavras Que unem a alma e o coração Que o poeta que existe em mim Se reencontre novamente E que a dor um dia Seja apenas uma recordação Que eu reencontre a minha paz E volte de novo a ser feliz…
(Imagem: banco de imagens Google)
Deita-te em meus versos amor Fossem eles linho puro Branco imaculado Tecido por virgens Isento de pecado E ama-me as palavras Que em meu peito delicadas Me perfumam E adornam os seios Ama-me amor Assim...tão só ... De meu corpo faz leito onde repouses E que ao som da minha voz adormeças Nas letras Que te escrevi...
(Imagem: banco de imagens Google)
Adeus Vou pra não voltar E onde quer que eu vá Sei que vou sozinho Tão sozinho amor Nem é bom pensar Que eu não volto mais Desse meu caminho Ah, pena eu não saber Como te contar Que o amor foi tanto E no entanto Eu queria dizer, vem Eu só sei dizer, vem Nem que seja só Pra dizer adeus Adeus
Eu trago-te nas mãos o esquecimento Das horas que não tens vivido, Amor! E para as tuas chagas o unguento Com que sarei a minha própria dor. Os meus gestos são ondas de Sorrento... Trago no nome as letras duma flor... Foi dos meus olhos garços que um pintor Tirou a luz para pintar o vento... Dou-te o que tenho: o astro que dormita, O manto dos crepúsculos da tarde, O sol que é de oiro, a onda que palpita. Dou-te, comigo, o mundo que Deus fez! – Eu sou Aquela de quem tens saudade, A princesa do conto “Era uma vez...”
(Imagem: banco de imagens Google)
Ao longe lambe suas feridas
Espera – talvez, um gesto de chamada
Desdenha, talvez, de um gesto de chamada
Esse lobo, alongado, que se afasta
Que não se basta mas se imagina
Onipotente e suficiente
Mostra os dentes para os mansos
E cai na armadilha dos ardilosos…
Inquieto, já não sabe o que busca,
Esse lobo que abandonou sua alcateia
E agora vaga, solitário e faminto…
(Imagem: banco de imagens Google)