
OK, respondo novamente, mas já publico e respondo aqui, de uma vez:
A foto foi, sim, tirada em um restaurante de Praga, República Tcheca, há alguns bons pares de anos, na verdade, algumas décadas atrás.
Estava tomando a genuína pilsen, em seu próprio berço – e pedi o copo pequeno, porque não sou muito de cerveja e nem fazia assim tanto calor, cerveja para mim é bebida de praia, de preferência em boa companhia.
Mas, voltando à foto, foi uma viagem maravilhosa, eu sempre quis ir a Praga. Era um desejo recorrente.
Eram livros de estórias e histórias que se passavam em Praga, cada vez que me caía um nas mãos sonhava mais e mais ir até lá. Eram filmes feitos na antiga Tchecolosváquia. E os vírus do turista profissional se multiplicando.
Daí li A Insustentável Leveza do Ser. E quis mais ainda ir a Praga.
Aí assisti Kolya. E delirei – se não fosse a Praga teria ataques de lombriga, chiliques e piripaques… só esperei a queda do comunismo, o que só veio a ocorrer em 1989, quando a então Checoslováquia teve de volta a liberdade, através da “Revolução de Veludo“. Era a deixa para eu ir… E não fiz por esperar.
Até que… FUI À PRAGA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
E não me decepcionei em nada. Era até mais do que eu sempre esperei.
Estive em lugares que só se tornaram real porque fui lá, vi, ao vivo e em cores, esses locais que povoavam um rico imaginário que é próprio de quem gosta de ler:
Katedrála svatého Víta, a maravilhosa e antiga igreja; Pražský hrad , o famoso Castelo de Praga; Pražský orloj, o relógio astronômico medieval,em rua central, diante do qual multidões param esperando seus movimentos; Obecní dům – o notável prédio da Câmara Municipal, estilo Art Nouveau – Vltava, o rio que corta Praga e sua Ponte Carlos; Mala Strana e sua roda d’água, bairro incrivelmente típico, peculiar, muito usado para filmagens; – Staroměstské náměstí, a velha Torre…, foram tantas as maravilhas que fica difícil enumerar aqui.
Vi um grau de civilização bem mais elevado que o nosso aqui, do Brasilsão velho de guerra!
Vi a temida polícia de preto, resquício dos anos de chumbo.
Um povo que se redescobre a cada dia, mostra sua alegria de viver, seu empenho em ter a Pátria grande e respeitada, em ver a verdadeira democracia reinar absoluta.
Vi os telhados vermelhos de Praga e constatei que realmente os telhados em Praga são vermelhos.
Vi, ainda, a imagem original do Menino Jesus de Praga, que lá é chamado de Deus Menino, vi restos de guerra e, acima de tudo, vi os cristais mais lindos que poderia imaginar.
E ouvi a língua mais esquisita que poderia haver, aprendendo o básico para ser gentil e bem aceita pelos nativos. Mas reconheço, essa é difícil de verdade, não tem nenhum nexo com qualquer língua conhecida.
Imagino como se sentiam os navegadores e exploradores quando se deparavam com populações nativas falando línguas e dialetos absurdamente ininteligíveis. Mas, é claro, pequeno detalhe que em nada embaçou o prazer da viagem.
Quase não voltei, porque lá estava muito bom, muito bom mesmo. Mas chegou a hora e o avião decolou…
Quem sabe um dia volto para lá…