Não se há definir amar
e muito menos lhe impor regras.
Amar dispensa definições,
não cabe em simples verbetes.
Se a paixão é uma torrente,
o amor é um turbilhão.
A quem na vida coube amar
– dádiva divina,
também coube muito sofrer –
lágrimas que se misturam…
Se num momento se vai ao céu,
logo em seguida se desce ao inferno.
A dúvida é companheira constante,
um eterno desassossego:
é um bem-me-quer-mal-me-quer sem fim.
Ama-se no outro o que falta em si
e se espera ser completado.
Não se ama por uma razão,
amar não tem um por que.
É um sentir de tanto querer,
um querer de muito sentir.
Sem limites, sem regras,
sem cobranças, sem lógica,
apenas amar