
Depois de radiante manhã ensolarada, São Paulo chega ao final do dia sob chuva fria.
Era mais uma sexta-feira.
Havia uma leve esperança de vida no ar.
Mas, no meio do dia, sem a presença do governador que tem medo dos próprios eleitores, um segundo-escalão noticiou a intensificação desse estado de sítio informal que atravessamos.
Informal. Ilegal. Inconstitucional. Imoral.
Cancelo todos meus compromissos e me preparo para voltar para a casa no interior.
Não sei se nem quando voltarei.
Vi uma cidade mais abandonada. Mais vazia. Mais sem sentido.
Vi mais moradores de rua, mais miséria, mais fome.
Só me resta perguntar aos céus: “Até quando, Senhor, até quando?”
Gotas começam escorrer no vidro da janela.
Chuva?
Não. Ao fim de um dia tão ensolarado, não é chuva.
Não são gotas de chuvas que vejo escorrer em minha janela.
São lágrimas.
É São Paulo que chora a tristeza de ver o horror que seus filhos estão passando.
(Imagem: foto de Maria Alice)
Aqui em Minas Gerais não está diferente, as ruas vazias, o centro da capital moradores de rua cresce, no rosto do povo medo, nos governador e prefeitos decidem nossos destinos, como se fossem gado no matadouro, vidas ceifadas, nossos profissionais de saúde doentes.. vacina a conta gotas. Enquanto isso os nossos governantes explicam, mas não justificam. Parabéns belo texto poético é profético. Um abraço fraterno do Poeta Carvoeiro.
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Que tempos, meu amigo, que tempos estamos vivendo. Tempos sombrios.
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Mas vamos vencer juntos é só ter fé e esperança 🙏🙏.
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Que assim seja!
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