
Minha alma respira espúmeos devaneios
do sal convulso que a tempestade dissipou.
Minha alma silencia sonhos alados
que a garoa doce e meiga afagou.
Minha alma andeja pelas doidas madrugadas
libando cismas nas neblinas fugidias.
Minha alma palmilha insônias perdidas
que o luar em ardente enlace lobrigou.
Minha alma é um punhado de tédio e de cal
Espargido em noites tristes de solidão.
(Imagem: banco de imagens Google)